A China registrou suas primeiras mortes por Covid em seis meses, com autoridades alertando que a capital está enfrentando sua situação mais grave desde o início da pandemia.
Três mortes foram relatadas em Pequim desde sábado, elevando o número oficial de mortes no país para 5.229.
As mortes ocorrem em meio a raros protestos contra a política de Covid zero da China.
A estratégia controversa viu milhões de pessoas trancadas e cidadãos positivos colocados em quarentena à força.
Em Pequim, as autoridades já implementaram um bloqueio na parte haidiana da capital, com lojas, escolas e restaurantes fechados e três milhões de pessoas instadas a ficar em casa.
Quem for à capital também terá que fazer exames nos três primeiros dias de visita, e ficar dentro de casa até receber a liberação.
Liu Xiaofeng – vice-diretor do Centro Municipal de Controle e Prevenção de Doenças de Pequim – descreveu a situação como a mais complexa e grave já vista na cidade, acrescentou a agência de notícias.
Um dia antes, um porta-voz do município alertou que Pequim estava enfrentando “uma situação sombria e complicada de prevenção e controle de epidemias”, de acorodo com o China Daily.

Embora a China diga que sua política estrita de Covid-zero significa que viu muito menos mortes por coronavírus do que grande parte do resto do mundo – embora se pense que o número real possa ser muito maior -, houve histórias repetidas de atraso no tratamento de emergência para casos graves pessoas doentes em áreas fechadas ou instalações de quarentena.
Nos últimos dias, houve uma onda de indignação online, após relatos de que um bebê morreu porque seu atendimento médico foi adiado pelas restrições da Covid.
No início deste mês, houve manifestações raivosas na cidade de Lanzhou, no oeste do país, depois que um pai disse que atrasos em levar seu filho ao hospital contribuíram para sua morte por envenenamento por monóxido de carbono. Então, em outubro, houve relatos de uma menina de 14 anos morrendo na província de Henan depois de adoecer em um centro de quarentena da Covid.