Uma juíza do Novo México, nos Estados Unidos, negou nesta sexta-feira (21) o pedido da promotoria para que a armeira do filme “Rust”, Hannah Gutierrez, tenha imunidade durante o testemunho no julgamento de Alec Baldwin pelo assassinato da diretora de fotografia da produção, em 2021.
Gutierrez foi considerada culpada de homicídio involuntário pela morte de Halyna Hutchins.
Segundo a promotora Kari Morrissey, a armeira é “uma testemunha incrivelmente importante” contra Baldwin. A promotoria tenta mostrar que o ator foi negligente na utilização do revólver que disparou contra Hutchins.
Morrissey disse durante uma audiência nesta sexta-feira que ainda poderia chamar Gutierrez para testemunhar, apesar de a juíza ter dito que ficou claro pelos depoimentos preliminares e argumentos do advogado que Gutierrez não responderia às perguntas, com ou sem imunidade.
Em depoimentos pré-julgamento, Gutierrez reivindicou o direito constitucional de permanecer em silêncio e de não se incriminar, após ser questionada sobre supostas falhas de segurança com armas de fogo que teriam contribuído para o caso.
Os promotores solicitaram que ela recebesse a chamada “imunidade de uso”, que os impediria de usar qualquer coisa que ela dissesse no julgamento de Baldwin contra ela.
O advogado da armeira explicou que ela não deseja se incriminar enquanto recorre da sentença de 18 meses de prisão e em outro caso relacionado a armas que enfrenta.
Gutierrez foi condenada depois que um júri a considerou culpada de negligência criminal por carregar por engano uma bala real no revólver que Baldwin estava usando.
O ator negou responsabilidade pela morte de Hutchins, dizendo que a arma disparou sozinha depois que ele a apontou para a diretora de fotografia e a engatilhou. Ele nega ter puxado o gatilho.
Em uma conversa telefônica gravada após seu julgamento, em março, Gutierrez disse que queria ver Baldwin “na prisão”, de acordo com um documento judicial apresentado pelos promotores.
Também nesta sexta-feira, Mary Marlowe Sommer, a juíza do tribunal distrital, permitiu que um grupo de testemunhas de defesa fosse mentido, negando um pedido da equipe jurídica de Baldwin, que solicitou que elas fossem removidas de lista após depoimentos pré-julgamento.
A promotora estadual Morrissey afirmou em um processo que uma das testemunhas, Zachariah Sneesby, relatou em um depoimento pré-julgamento que viu Baldwin puxar o gatilho do revólver quando a bala que matou Hutchins foi disparada.
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