
A possibilidade de reverter o envelhecimento humano é um assunto que tem fascinado cientistas ao redor do mundo.
Com avanços significativos na pesquisa genética, uma nova técnica pode estar prestes a ser testada em humanos, prometendo revolucionar o combate ao envelhecimento.
Em 2016, um estudo realizado no Salk Institute, em San Diego, trouxe esperança ao campo da longevidade. Neste experimento, camundongos geneticamente predispostos a envelhecer rapidamente foram submetidos a um tratamento inovador.
Recentemente, cientistas de Harvard desenvolveram uma abordagem alternativa e mais segura, focada no tratamento do nervo óptico.
Esta técnica mostrou resultados positivos em camundongos, levando a Life Biosciences a licenciar a tecnologia e expandir os testes para macacos. Com esses avanços, a expectativa é que em breve a reprogramação genética possa ser aplicada a humanos.
Será que a humanidade vai conseguir colocar um “freio” no envelhecimento natural do corpo? – Imagem: Shutterstock/reprodução
Métodos inovadores e desafios de segurança
O estudo original no Salk Institute utilizou um vírus portador de quatro genes para rejuvenescer células de camundongos.
No entanto, os efeitos colaterais, como o aparecimento de teratomas, evidenciaram a necessidade de maior controle. A reprogramação celular, embora promissora, ainda precisa vencer barreiras significativas para ser segura em humanos.
A fim de mitigar riscos, pesquisadores de Harvard desenvolveram um método mais seguro, utilizando apenas três fatores de Yamanaka.
Esse ajuste reduz a probabilidade de câncer, ao mesmo tempo que fortalece a regeneração celular. O uso do antibiótico doxiciclina foi uma solução encontrada para controlar a ativação dos genes de maneira precisa.
Questões éticas e expectativas para o futuro
Enquanto a Life Biosciences busca aprovação para iniciar testes em humanos em pacientes com AVC ocular, a corrida pela longevidade enfrenta críticas e debates éticos.
Questões sobre os efeitos a longo prazo, os custos e a acessibilidade dos tratamentos permanecem sem resposta. Especialistas alertam para possíveis efeitos adversos e para o ritmo acelerado dos avanços.
Pesquisadores de Stanford, por exemplo, descobriram que a reprogramação parcial pode provocar inflamação cerebral, reforçando a importância da cautela.
Apesar dos desafios, o potencial de reverter ou desacelerar o envelhecimento mantém empresas e cientistas engajados nesta missão. A jornada para transformar a teoria em prática segura e acessível, no entanto, ainda está em curso.