Além das buscas feitas pelos Bombeiros na orla e no mar da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, a Polícia Civil também tenta encontrar Edson Davi da Silva Almeida.
A criança, de seis anos, sumiu na praia há uma semana, na última quinta-feira (4). Ontem(10), investigadores da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) utilizaram um helicóptero equipado com uma supercâmera para procurar o menino.
O equipamento possui uma lente termográfica, com alcance de cinco mil metros, capaz de identificar pessoas pelo calor do corpo.
A “supercâmera”, chamada de Olho do Águia, custou R$ 5,5 milhões e já foi utilizada, por exemplo, para prender um dos ladrões de carro mais procurados do Rio. Thiago Fernandes Virtuoso, o Tio Comel, estava foragido da Justiça por clonar automóveis de luxo e foi preso em 2022.
Câmeras de monitoramento
Imagens analisadas pela DDPA mostram a família argentina, que esteve com Edson Davi na praia, com as malas prontas, esperando o elevador para fazer o check-out e deixar o hotel, no sábado (6), dois dias após o desaparecimento do menino. Nos vídeos, é possível ver uma mulher, um homem e três crianças. Eles embarcam em um veículo e vão embora, sem o menino.
Antes de deixar o Rio, um dos argentinos esteve na delegacia e confirmou que ele e os filhos brincaram de jogar futebol com Edson Davi antes do desaparecimento. Depois da brincadeira, o turista afirma que não viu para onde a criança foi.
O menino estava na praia com o pai, que tem uma barraca na areia, quando sumiu, no último dia 4. A mãe da criança havia levado o irmão mais novo, de 2 anos, a uma consulta médica.
Até agora, todas as pistas encontradas pela Polícia Civil indicam que a criança não deixou a praia, que era a suspeita inicial. Os registros de câmeras mostram, ainda, o menino sozinho na maior parte do tempo. Isso leva os investigadores a acreditarem que Edson Davi pode mesmo ter se afogado.
Fotos e depoimentos comprovaram que o menino esteve à beira da água diversas vezes antes de sumir.
O trabalho dos Bombeiros
Na tarde do desaparecimento, o Rio tinha tempo fechado e mar agitado. Segundo os bombeiros, havia também valas sem muita força na praia. A ondulação variava entre 0,5m e 1,0m.
Desde a madrugada de sexta-feira (5), os militares procuram a criança em toda a orla da praia da Barra da Tijuca, do Recreio dos Bandeirantes, em Guaratiba e Sepetiba. Com o passar do tempo, a área de buscas foi ampliada e já chega a 18 quilômetros de extensão. Cerca de 40 bombeiros participam das buscas, feitas por terra, água e ar.
Além de helicópteros, que fazem o sobrevoo em alto mar, também estão sendo usados um drone com câmera térmica, quadriciclos e uma embarcação com sonar, que consegue fazer o escaneamento do fundo do mar.
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