Os advogados de Donald Trump entraram na Justiça dos Estados Unidos, nesta quinta-feira (4), contra o promotor especial Jack Smith, alegando que ele e seu gabinete desacataram uma ordem de um tribunal para paralisar o processo contra Trump por ter tentado reverter a derrota nas eleições de 2020.
Segundo a equipe do ex-presidente, Smith e os promotores que estão trabalhando no caso descumpriram uma ordem da juíza distrital Tanya Chutkan ao continuarem entregando provas à defesa e apresentando uma moção legal, de acordo com documentos enviados ao tribunal.
No mês passado, Chutkan interrompeu todas as atividades que levassem o caso na direção do julgamento ou impusessem “fardo de litígio” sobre Trump, enquanto o ex-presidente recorre de uma decisão anterior na qual não é imune às acusações.
Os advogados de Trump acusaram os promotores de fazerem alegações “partidárias” em um documento judicial, sabendo que a equipe de Trump não responderia enquanto o caso estivesse paralisado.
O documento, publicado mês passado, procura impedir Trump, candidato à indicação do Partido Republicano para disputar as eleições presidenciais em 2024, de argumentar durante o julgamento que o caso tem motivação política.
Um porta-voz de Smith não quis comentar o caso. Os promotores afirmaram em documentos judiciais que continuaram cumprindo prazos estabelecidos anteriormente para “ajudar a garantir que o julgamento prossiga prontamente” se a apelação de Trump for rejeitada.
Os advogados de Trump e Smith, que supervisiona a acusação, discutiram repetidamente sobre o status do julgamento, que está atualmente agendado para começar em março.
Trump se declarou inocente das acusações de que ele liderou uma série de esquemas para impedir a certificação dos resultados da eleição após a derrota para o democrata Joe Biden em 2020.
Uma corte federal de apelações deve ouvir os argumentos sobre a reivindicação de imunidade de Trump na terça-feira.
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