À medida que se aproximam as eleições presidenciais na Venezuela, a persistente crise econômica continua a atingir as comunidades empobrecidas na parte ocidental do país, onde as famílias enfrentam diariamente a fome e a pobreza.
Em Maracaibo, capital de Zulia, o maior estado produtor de petróleo da Venezuela, Anais Diaz, aspira a uma vida melhor para os nove filhos, mas enfrenta obstáculos financeiros.
Dos nove filhos de Diaz, seus gêmeos de seis meses foram diagnosticados com desnutrição, enquanto o de dois anos está abaixo do peso.
Às margens do Lago Maracaibo, o maior lago da América Latina, num bairro de palafitas, a família de Anabel Camejo depende do que o marido pesca para alimentar os seis filhos.
Camejo, de 22 anos, disse que dois de seus filhos estão em programa de recuperação nutricional por estarem abaixo do peso.
Tanto Diaz como Camejo dependem de fundações locais que fornecem refeições e assistência médica às famílias mais vulneráveis da região.
A Venezuela vota no seu próximo presidente em 28 de julho – e as dificuldades em que muitos vivem estarão no topo da mente das pessoas. Apesar da recente recuperação econômica que tem sido muito elogiada pelo governo Maduro, muitas famílias passam fome e dependem de ajuda para se alimentarem.
Nos últimos dez anos, o produto interno bruto da Venezuela diminuiu cerca de 73%. Embora Maduro tenha relaxado os controles cambiais e outras regulamentações para impulsionar a economia em 2019, a Venezuela sofre o segundo maior nível de fome na América do Sul, depois da Bolívia, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
Cerca de 5,1 milhões de pessoas, entre cerca de 30 milhões, não têm o suficiente para comer, afirma a ONU.
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